A VIDA NÃO PÁRA NÃO...
Posso dizer ao mundo o quê? Nada, nada a dizer... Quem já não teve essa sensação? Essa sensação de nada, nada a dizer... As pessoas, às vezes (gosto muito do às vezes. Às vezes, é quase sempre, mas não nunca, não sempre...), esquecem de dizer adeus, até logo, até um dia. Elas vão sem dizer nada, sem se despedir. Esquecem ou preferem não se despedir de tudo; de se despedir da vida, das pessoas, do que passou... Esquecendo que o que passou um dia foi; e se foi, chegou a ser; se chegou a ser foi importante (um momento); do que foi importante, por milésimos, foi essencial; se foi essencial merece um tchau. Merece palavras para amenizar, para justificar palavras que foram ditas e esquecidas. Esquecidas por quem as falou, mas não por quem as escutou. A ausência de um adeus, de um até logo, de um “até” deixa dúvidas, por deixar em branco, sem um ponto final, deixando apenas reticências... Esquecendo que de reticências não se vive a vida, reticências ficam subentendidas, incompletas e, o inc...